Nos primeiros quatro meses da nova equipe econômica de Dilma Rousseff, a arrecadação de tributos e contribuições federais cobrados pela Receita Federal somou R$ 418,617 bilhões, uma redução real de 2,71%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
No resultado de abril, a arrecadação chegou a R$ 109,241 bilhões, o que representa uma queda real de 4,62% na comparação com o mesmo mês de 2014. O valor é o maior desde janeiro. Porém, é a mais baixa para o mês desde 2010, quando somou R$ 99,312 bilhões. Um dos motivos que levaram a essa redução foram as desonerações concedidas pelo governo, que somaram R$ 9,180 bilhões em abril, renúncia fiscal maior que em abril de 2014, de R$ 7,941 bilhões. Em relação a março deste ano, a arrecadação de abril registrou alta de 13,56%.
Nos primeiros quatro meses do ano, o governo abriu mão de arrecadar R$ 38,297 bilhões por causa das desonerações, um aumento de 20,60% em relação ao mesmo período do ano passado. A desoneração de folha de pagamento foi de R$ 1,866 bilhão em abril e de R$ 7,464 bilhões nos quatro primeiros meses do ano.
Analistas do mercado financeiro esperavam que o valor da arrecadação de impostos e contribuições federais de abril atingisse R$ 111,000 bilhões, com base na mediana das previsões obtidas com 14 instituições. O intervalo ia de R$ 105,900 bilhões a R$ 112,960 bilhões. De acordo com o relatório da Receita, o resultado fraco pode ser explicado também pelo desempenho dos principais indicadores macroeconômicos, como produção industrial e vendas de bens e serviços, por exemplo.
Entre janeiro e abril, a arrecadação com Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) teve queda real de 5,49%, na comparação com o mesmo período de 2014. O total arrecadado no período foi de R$ 80,818 bilhões. No primeiro quadrimestre de 2014, o resultado foi de R$ 85,51 bilhões.