A sessão regular dos juros futuros terminou antes do esperado anúncio do volume do contingenciamento do Orçamento, prometido inicialmente para as 15h30, mas que atrasou. As expectativas para este evento serviram de pano de fundo para os negócios locais nesta sexta-feira, 22, mas durante a longa espera os investidores tiveram de buscar outros referenciais para operar. As taxas, em sessão volátil, terminaram perto da estabilidade, no caso dos curtos, enquanto os longos cederam.
Na primeira parte dos negócios, as taxas oscilaram entre margens estreitas, na expectativa pelos cortes e tendo o dólar como parâmetro, digerindo o IPCA-15 de maio, de 0,60%. No início da tarde, as taxas passaram a subir, com as curtas renovando as máximas, diante das declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que a política monetária foi, está e será vigilante.
Porém, na última meia hora de negócios, os juros curtos zeraram a alta e os de prazo médios e longos passaram a cair, em reação aos dados ruins do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de abril. Segundo o Ministério do Trabalho, houve fechamento líquido de 97.828 vagas em abril, o pior resultado para o mês desde o início da série histórica em 1992.
Ao reforçar a situação de fraqueza da atividade, os dados do Caged colocam em xeque a percepção de um aperto maior da Selic e as principais taxas fecharam nas mínimas do dia. Ao término da sessão regular, o DI janeiro de 2016 fechou em 13,78%, de 13,79% no ajuste anterior, e o DI janeiro de 2017 encerrou em 13,27%, de 13,36% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2021 caiu de 13,36% para 13,27%. O dólar subiu 1,55%, para R$ 3,0880.