Com novo recuo em maio, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) mostra que o pessimismo das famílias continua, com o indicador medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em seu pior patamar desde junho de 2001. Depois de cair 1% em abril, o Inec deste mês registrou queda de mais 0,3% e chegou 98,7 pontos, bem abaixo da média histórica de 110,6 pontos. Na comparação com maio do ano passado, a queda é de 8,3%.
Apesar da piora no Inec geral em maio, algumas variáveis que compõem o indicador apresentaram melhora em relação a abril, embora ainda estejam bem abaixo dos níveis registrados no ano passado. As expectativas dos consumidores em relação à inflação, por exemplo, melhoraram 3,1% em relação ao mês passado, mas são 7,6% piores que as de maio de 2014.
O mesmo acontece com as expectativas com relação ao desemprego, que melhoraram 2,7% em relação a abril, mas ainda caem 16,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado. As perspectivas sobre o endividamento dos consumidores superaram em 1,9% as avaliações na comparação mensal, mas têm queda de 6,2% na comparação anual, bem como as expectativas sobre a renda pessoal, com alta de 0,7% ante abril e baixa de 8% ante maio de 2014.
Já o índice de expectativa de compras de maior valor foi o que mais caiu no mês, puxando o resultado geral para baixo. Na comparação com abril, a queda foi de 4,4%, superior até mesmo à baixa na comparação anual, que mostra recuo de 3%. Já a avaliação do consumidor sobre sua situação financeira piorou 1% no mês e acumula queda de 12,7% ante maio do ano passado.
Feita em parceria com o Ibope Inteligência, a pesquisa da CNI ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre 14 e 18 de maio.