Economia

Taxas de contratos de juros mais longos recuam com aprovação de MP

Os juros futuros encerraram a quinta-feira, 28, com leve avanço nos contratos de curto prazo, pressionados pela expectativa de mais um aumento da taxa básica de juros (Selic), enquanto os demais recuaram com sinais de melhora nas tensões relacionadas ao ajuste fiscal.

Ao término da sessão regular, o DI janeiro de 2016 estava em 13,79%, de 13,77% no ajuste anterior; o DI janeiro de 2017 recuou de 13,33% para 13,28%; e o DI janeiro de 2021 fechou em 12,34%, ante 12,48% no ajuste de ontem.

Pela manhã, as taxas operaram em alta firme, na expectativa pela votação da Medida Provisória 668 no Senado e refletindo a colocação de prêmios que normalmente antecede os leilões de papéis prefixados do Tesouro, que hoje ofertou um total de 13,5 milhões destes títulos, vendidos integralmente. À tarde, passado do leilão, houve espaço para a devolução de prêmios a partir dos prazos intermediários, também após a aprovação da MP 668 e a divulgação do resultado primário do Governo Central.

A Medida Provisória 668 trata do aumento das alíquotas de PIS/Pasep e Cofins de produtos importados, a última das três MPs do ajuste fiscal a ser analisada pelo Senado esta semana. A medida foi aprovada no início da tarde.

Os contratos curtos, por sua vez, tiveram leve alta, diante da expectativa de mais um aumento da Selic na reunião do Copom na semana que vem. Segundo pesquisa do AE Projeções, 76 de 83 instituições esperam nova elevação do juro em 0,50 ponto porcentual, para 13,75%.

O superávit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) ficou em de R$ 10,085 bilhões em abril. O número veio ligeiramente abaixo da mediana das expectativas coletadas pelo AE Projeções, de R$ 11,330 bilhões, mas ainda assim agradou aos investidores, que haviam se posicionado para um número pior.

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