Os juros futuros de curto prazo mantiveram-se em alta ao longo de toda a sessão, com o resultado do PIB brasileiro menos ruim do que o esperado reforçando a percepção de que o Comitê de Política Monetária (Copom) poderá elevar a Selic novamente em 0,50 ponto porcentual na semana que vem. O PIB cedeu 0,2% no primeiro trimestre, recuo menos intenso do que a mediana negativa de 0,50%, encontrada na pesquisa AE Projeções.
Os contratos de longo prazo, porém, mostraram volatilidade no começo do dia, acomodando-se em baixa após a divulgação dos números do setor público consolidado de abril. Ainda, numa leitura mais cuidadosa da abertura do PIB, o mercado viu os números fracos do consumo das famílias e dos investimentos como um potencial freio para a inflação no longo prazo.
Segundo o Banco Central, o setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) apresentou superávit primário de R$ 13,445 bilhões em abril, o maior desde janeiro deste ano, quando ficou positivo em R$ 21,062 bilhões. O valor ficou acima do teto das previsões dos economistas, que iam de R$ 8,5 bilhões a R$ 12,1 bilhões, com mediana positiva de R$ 11 bilhões.
No final dos negócios, contudo, as taxas mais longas voltaram a acumular prêmios para fechar perto dos ajustes de ontem. Ao término da sessão regular da BM&FBovespa, o DI janeiro de 2016 estava em 13,85%, de 13,79% no ajuste de ontem; o DI janeiro de 2017 fechou em 13,32%, de 13,28%. O DI janeiro de 2021 passou de 12,34% para 12,35%.