Economia

Sapin diz que acordo com Grécia após final de junho é impossível

O ministro de Finanças da França, Michel Sapin, disse neste domingo que um acordo sobre a dívida da Grécia para manter o país na zona do euro é impossível após o final de junho. O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, adotou um tom desafiador na sexta-feira e disse que as condições impostas por credores internacionais para a liberação de nova ajuda ao país são “irracionais”. As negociações entre os credores – outros países da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional – parecem ter chegado a um impasse.

“Após o final de junho, não há acordo”, disse Sapin em entrevista a uma rádio francesa. O governo grego e seus parceiros sabem que a saída da Grécia da zona do euro “seria a pior das catástrofes” para o país, afirmou Sapin, acrescentando que isso não seria uma tragédia tão grande para a França e outros países.

Sapin também descartou novos cancelamentos da dívida grega. “Não seria compreensível para todos se cancelássemos a dívida”, disse. A Grécia não deve para instituições financeiras ou mercados, mas para outros países da zona do euro, acrescentou. “Não podemos deixar que o resto da Europa pague os funcionários públicos ou aposentados da Grécia.”

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse que não negociará com Tsipras enquanto a Grécia não submeter uma contraproposta. Sapin apoiou Juncker, lembrando que ele é um dos que mais estão se esforçando para encontrar uma solução que beneficie a Grécia.

Antes da abertura da cúpula do G-7, na Bavária, Juncker disse que a proposta mais recente dos credores deixou claro que havia espaço para negociação. Segundo o presidente da Comissão Europeia, as declarações de Tsipras sugerem que os credores deram um ultimato ao país. “Não é o caso”, disse Juncker. Segundo ele, o primeiro-ministro grego tinha prometido apresentar uma contraproposta, mas isso ainda não aconteceu. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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