Economia

Rio espera ser beneficiado com R$ 3,5 bi para rodovias no plano de concessões

O Estado do Rio de Janeiro espera ser beneficiado por investimentos em rodovias da ordem de R$ 3,5 bilhões dentro do pacote de concessões que será anunciado na terça-feira, 9, pelo governo federal, disse, nesta segunda-feira, 8, o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório. Ao todo, a União deve colocar em licitação projetos que devem demandar R$ 12 bilhões em aportes na área.

“A construção da nova descida da Serra das Araras vem sendo pleiteada há muito tempo e esperamos que seja incluída no pacote de concessões. No total, contando outros projetos, a expectativa é de que R$ 3,5 bilhões (do plano) sejam para o Rio de Janeiro”, afirmou Osório em evento sobre competitividade na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro.

O Rio também pleiteia a construção do trecho leste da Ferrovia Transcontinental. Segundo Osório, a ligação entre o Centro-Oeste e a área entre Rio de Janeiro e Espírito Santo é importante para escoar a produção brasileira por meio dos portos do Sudeste.

“O traçado da ferrovia até agora vai do Centro-Oeste brasileiro até região Norte. O que nós estamos defendendo é o trecho leste da Ferrovia Transcontinental. Temos a maior província portuária da América do Sul localizada entre Rio e Espírito Santo. Isso representa medida muito mais lógica, mais eficiente”, defendeu Osório.

Um dos portos citados pelo secretário é o Porto do Açu, que terá 17 quilômetros de extensão, maior do que o Porto de Santos, hoje o mais amplo terminal portuário no Brasil. “Gostaríamos que a presidente amanhã autorizasse as audiências públicas. Temos um projeto maduro em termos de ferrovia”, disse Osório.

Além desses projetos, o Estado do Rio de Janeiro mantém planos de expansão da infraestrutura de transporte urbano por meio de trens ferroviários e metroviários, incluindo forte participação da iniciativa privada. A ideia do governo é também permitir novos investimentos das concessionárias já em operação por meio de “readequação de contratos”.

“Fomos o Estado mais atingido por queda na arrecadação, crise na Petrobras e queda no preço do petróleo. Ajuste fiscal no Rio está sendo imposto, mas governo está aproveitando para melhorar a qualidade do gasto público”, disse Osório. O secretário espera ainda que os investimentos para os Jogos Olímpicos atuem como um componente anticíclico na economia da região.

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