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Papa visita o campo de extermínio de Auschwitz e faz oração pedindo perdão

O Papa Francisco visitou nesta sexta-feira o campo de concentração nazista de Auschwitz, no sul da Polônia, e ficou uns minutos em silêncio em tributo às vítimas, tornando-se o terceiro pontífice a visitar o maior e mais conhecido campo de concentração onde foram exterminadas mais de um milhão de pessoas.

O papa iniciou seu silencioso percurso sozinho ao atravessar a entrada sob a inscrição em ferro forjado “Arbeit macht frei” (o trabalho liberta).

Logo após a entrada, ele foi levado em pequeno carro elétrico ao bloco 11, onde São Maximiliano Kolbe, sacerdote franciscano, se ofereceu para tomar o lugar de um prisioneiro condenado, um pai de família. No local, estão também celas subterrâneas onde ficavam os prisioneiros para que morressem de fome e sede. Kolbe morreu no dia 14 de agosto de 1941 e o papa João Paulo II o canonizou em 1982.

O papa Francisco sentou-se sozinho por quase 15 minutos em uma oração silenciosa e então foi levado a observar a forca onde os prisioneiros foram enforcados e um pátio onde os presos eram executados. Lá, ele encontrou um grupo de sobreviventes do Holocausto, um deles agora com mais de 100 anos de idade. O pontífice, visivelmente emocionado, parou para beijá-los e dar a cada um rosário.

Um sobrevivente entregou ao papa uma vela branca. Em uma cerimônia simples, o papa Francisco caminhou até o chamado “muro da morte”, onde os nazistas executaram prisioneiros e depositou a vela.

Em seguida, o papa visitou Birkenau, também conhecido como Auschwitz II, a maior seção do complexo do campo de extermínio. Lá, diante de um grupo de cerca de 1.000 convidados, ele orou diante de um monumento com inscrições em 23 línguas, que eram as nacionalidades das vítimas.

Antes de sair de Auschwitz, o papa assinou o livro de honra. Ele escreveu em espanhol: “Senhor, tem piedade de seu povo! Senhor, perdão por tanta crueldade!”. Fonte: Dow Jones Newswires.

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