O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, defendeu nesta sexta-feira, 27, o “realismo tarifário” do setor elétrico, diante de um aumento de 48% no custo da energia no País, desde dezembro. Segundo ele, as medidas permitem uma “segurança para o sistema e investimentos”, mas admitiu que há um “preço a ser mitigado pela sociedade”.
Estudo divulgado hoje pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) indica que o País tem o custo mais alto de geração de energia entre 28 países pesquisados. “Energia mais cara do mundo é onde não tem energia”, desconversou Braga.
“Estamos garantindo geração de energia e reestruturamos a questão econômica no setor, agora estamos com realismo tarifário. Está havendo um novo cenário. É verdade que há um preço a ser mitigado pela sociedade, pela economia, mas é a segurança que nós temos para que o setor elétrico seja capaz de fazer investimentos”, afirmou Braga.
Segundo o ministro, o País está “se preparando para vencer o desafio de 2015” com investimento em inovação tecnológica. Ele afirmou que com a melhora nos reservatórios deve acontecer “um declínio do custo marginal de operação”.
“O Brasil tem um desafio hídrico, depois do pior janeiro da série histórica; entramos com uma reservação muito baixa em 2015, ainda assim estamos vencendo o desafio e entregando energia. É verdade que queremos cada vez mais uma energia com custo menor, para isso estamos agregando inovação tecnológica, linhas de transmissão, diversificando geração de energia”, completou.