Economia

Bens intermediários e carnes pesam mais no recuo do IGP-10 de junho

Os bens intermediários foram os principais responsáveis pela desaceleração da inflação no atacado no âmbito do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), com quatro dos cinco subgrupos perdendo força na passagem do mês. A alta menos intensa nos preços de carnes bovinas e de matérias-primas ligadas à pecuária também ajudou, segundo resultado divulgado nesta terça-feira, 16, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,34% em junho, de 0,53% em maio. Entre os bens intermediários, a alta passou de 1,06% para 0,45% neste mês. O destaque foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura (1,30% para 0,55%). Só o farelo de soja ficou 4,95% mais barato, de acordo com a instituição.

Os bens finais também tiveram algum refresco, com alta de 0,59% em junho, ante 0,63% no mês anterior. A maior influência veio do subgrupo alimentos processados (2,13% para 0,41%). A carne bovina, sozinha, desacelerou de 7,13% para 1,98% no período.

Entre as matérias-primas brutas (-0,27% para -0,11%), a queda menor se deveu a pressões vindas de soja em grão (-4,23% para -1,39%), suínos (-8,07% para 3,26%) e minério de ferro (3,52% para 5,07%). No sentido contrário, algumas desacelerações impediram um resultado mais desfavorável, como nos itens bovinos (1,92% para -0,42%), leite in natura (4,81% para 1,92%) e cana-de-açúcar (1,44% para 0,03%).

Apesar do alívio no IPA, o IGP-10 acelerou de 0,52% em maio para 0,57% em junho. Segundo a FGV, a inflação no varejo e no setor da construção impulsionou o índice geral.

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