O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 12,1% na passagem de fevereiro para março, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o ICS saiu de 93,7 pontos para 82,4 pontos no período. Após a terceira queda consecutiva, o índice atingiu novamente o menor nível de toda a série histórica do índice, iniciada em junho de 2008.
Segundo a instituição, pesaram sobre o resultado as avaliações negativas sobre a demanda, tanto no momento atual quanto nos próximos três meses, e sobre a situação corrente e futura dos negócios. O pessimismo e a baixa confiança, completou a FGV, são generalizados. O índice atingiu o mínimo histórico em 11 das 12 atividades investigadas.
“Em linha com esse cenário adverso, o indicador que mede o ímpeto de contratações, nesse que é o setor mais empregador da economia, também chegou ao mínimo histórico, reforçando os sinais de uma retração na atividade no primeiro trimestre do ano, em resposta à redução da demanda doméstica, num contexto de inflação mais alta e desaceleração do mercado de trabalho”, diz o economista Silvio Sales, consultor da FGV, em nota.
Com o resultado, a média histórica do ICS ficou em 121,0 pontos. Em fevereiro, o índice havia registrado queda 5,4% em relação ao mês imediatamente anterior. Em março, a piora do ICS decorreu da deterioração de seus dois subíndices.
O Índice de Situação Atual (ISA-S) teve queda de 14,1%, para 66,0 pontos. Trata-se do recuo mais intenso desde novembro de 2008 (-16,8%). Já o Índice de Expectativas (IE-S) caiu 10,7% em fevereiro, para 98,8 pontos. Ambos estão nos mínimos históricos. A coleta de dados para a edição de março da sondagem foi realizada entre os dias 05 e 27 do mês passado.