A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) caíram no ranking de melhores instituições do mundo, segundo ranking da revista britânica Times Higher Education (THE), um dos mais importantes na avaliação do ensino superior, divulgado nesta quarta-feira, 30. O Brasil não tem nenhum representantes no top 200.
A USP está no grupo entre 251 e 300 melhores universidades. Depois da posição 200, as instituições são organizadas em faixas de classificação. Na edição anterior, a USP estava no grupo 201-225 e, em 2012, chegou a ocupar o 158.º lugar. Apesar da queda, a universidade segue como a melhor da América Latina.
Já a Unicamp saiu da faixa 301-350 das melhores universidades e migrou para o grupo das 351-400. Feito há 12 anos, o ranking da THE costuma trazer 400 instituições. Nesta edição, o levantamento abriga as 800 melhores escolas de ensino superior, de 70 países diferentes. Com isso, outras 15 universidades brasileiras aparecem na lista.
Na faixa 501-600, estão a Universidade Federal do Rio e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO). Já no grupo das 601-800 melhores, estão a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e as federais de Brasília (Unb), Minas Gerais (UFMG), Bahia (UFBA), Paraná (UFPR), Rio Grande do Sul (UFGRS), Santa Catarina (UFSC), São Carlos (UFscar), Viçosa (UFV) e Lavras(UFLA), além da PUC do Rio Grande do Sul, a PUC do Paraná e a Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
No topo do ranking, está o California Institute of Technology (Caltech) pelo quinto ano consecutivo. O top 10 é dominado pelos Estados Unidos, com seis representantes. Os outros países que aparecem são o Reino Unido, com três universidades, e a Suíça, com uma.
Além do número maior de universidades, houve refinamento em parte dos critérios. Para avaliar as universidades, a Times Higher considera, entre outros fatores, o número de citações de pesquisa, o grau de titulação dos professores, a transferência de conhecimento para a sociedade e o nível de internacionalização, pesquisa, citações da pesquisa, renda vinda da indústria (usado para medir a transferência de conhecimento para a sociedade) e perfil internacional.
Posicionamento
Em nota, a Unicamp disse que ainda analisa “o resultado levando em conta a mudança de critérios adotada pelo ranking da THE.” As alterações, diz a reitoria, “tornam qualquer comparação desses resultados em relação aos rankings anteriores pouco significativa.”
A Unicamp ainda destacou que é a segunda melhor brasileira no ranking e que, nos quesitos qualidade de ensino e pesquisa, figura entre as 150 melhores do mundo. Ainda disse que a crise financeira das universidades estaduais paulistas não afetou o resultado, já que o levantamento usa dados de 2013, “quando a conjuntura econômica era diversa da atual”.
Procurada, a reitoria da USP não quis comentar o resultado.