O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) decidiu nesta terça-feira, por oito votos a um, manter sua política monetária, com a taxa de depósito em -0,1% ao ano e a meta de juros do título público (JBG) de 10 anos em torno de 0%, sem estabelecer limites de compras de ativos para chegar a esse objetivo. A decisão já era esperada pelo mercado, como mostrou o <i>Estadão/Broadcast</i>. Ainda assim, no comunicado de política monetária publicado nesta madrugada, o banco central japonês reiterou que não vai hesitar em tomar medidas adicionais para estimular a economia, se necessário.
O programa de relaxamento quantitativo (QE) também permanecerá em vigor, ao menos até que a meta de inflação de 2% seja atingida de modo sustentável, diz o BoJ, em comunicado. Dentro do programa, a autoridade vai comprar até 12 trilhões de ienes em fundos de índice (ETFs) e até 180 bilhões de ienes em fundos de investimentos imobiliários (J-Reits).
"Vamos continuar expandindo a base monetária até que o núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI) exceda 2% e fique acima da meta de maneira estável", traz o texto. O CPI do Japão ficou em -0,2% em março. A estratégia do BoJ se assemelha à do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que decidiu permitir à inflação romper a meta de 2% por um tempo de modo a compensar o período em que rodou abaixo disso, como o atual.
Outros programas de apoio à economia japonesa, como o plano de empréstimos especiais lançado durante a pandemia e a ampla provisão de ienes e divisas estrangeiras, também serão mantidos pelo banco central, diz o comunicado.