O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na manhã desta quinta-feira, 18, que subiu para nove o número de presos pela polícia por participação na tentativa de assalto à empresa de transporte de valores Protege em Santo André, no ABC Paulista, na madrugada da quarta-feira, 17. “Já são nove os presos. Sete pelo Denarc (Departamento de Narcóticos) e dois pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais)”, disse.
Alckmin afirmou que “nenhuma hipótese é descartada” na investigação, mas que ainda não “dá para dizer se foi a facção A, B ou C”. “O importante é prender. Esse pessoal tem uma capacidade impressionante de cometer crimes”, continuou o governador, que destacou como positivo o fato de a tentativa de assalto ter sido frustrada. “Isso é importante porque não realimenta essas quadrilhas”, salientou.
A fala foi uma resposta à pergunta sobre o envolvimento da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) com o episódio. Em assaltos anteriores, o Palácio dos Bandeirantes havia negado a participação do grupo nos crimes – informação negada pelo Deic nesta quarta-feira.
Os suspeitos detidos foram os motoristas Flávio Rodrigo Pietro Bachega, de 30 anos, e Bruno Pereira da Silva, de 29; os autônomos Adriano Di Marco Elias, de 29, e Luiz Fernando Simões de Freitas, de 35; o ajudante Rogério Rodrigues da Rocha, de 39; o encarregado Marcelo da Silva, de 42; o analista Luiz Henrique Alvez, de 36; o comerciante Tiago Lourenço Lopera, de 28; e o funcionário público estadual Flávio Lourenço Lopera, de 34.
Localização de empresas
O governador comentou a proposta apresentada por parlamentares para restringir a instalação de empresas de transporte de valores dentro de áreas urbanas. “É preciso aprimorar a discussão. O que defendo é o cadastramento das empresas, em parceria com a Polícia Federal”, disse.
Para Alckmin, o Estado teria de atestar se as empresas têm os instrumentos necessários para desenvolver sua atividade econômica de forma segura para o restante dos cidadãos.
Armas
Alckmin também mostrou apoio à proposta do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, seu ex-secretário da Segurança Pública, que pretende mudar a legislação para permitir que forças policiais possam usar armas de grosso calibre apreendidas de criminosos. “Nós não somos um País rico”, afirmou o tucano, ao destacar que essa saída seria economicamente mais viável do que adquirir os equipamentos.