O primeiro caso de coronavírus confirmado no Brasil fez sindicalistas começarem a se mexer para tentar conter o avanço da doença sobre os trabalhadores brasileiros.
A União Geral dos Trabalhadores (UGT), uma das principais centrais sindicais do País, deu início à distribuição de uma cartilha para 1.300 sindicatos, dos setores de comércio e serviços, com alertas sobre a epidemia e cuidados que precisam ser tomados.
A cartilha, por enquanto virtual, deve chegar a 12 milhões de trabalhadores, segundo a UGT. A central afirma também que vai distribuir um milhão de cartilhas de papel e pretende conversar com as empresas, para que sejam distribuídas máscaras e álcool em gel.
"Estamos preocupados com os trabalhadores desempregados, informais, que não têm plano de saúde", disse Ricardo Patah, presidente nacional da UGT e do Sindicato dos Comerciários de São Paulo. "Esse pessoal não terá defesa, como quem tem plano."
O Brasil registrou na última terça-feira o primeiro caso de um paciente com teste positivo para coronavírus no País, detectado no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.
O paciente é um homem de 61 anos que esteve na região da Lombardia, norte da Itália, entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Ele viajava a trabalho e sozinho, segundo o Ministério da Saúde.
Até ontem (26), o balanço do Ministério da Saúde apontava 20 casos suspeitos em sete Estados, além do caso confirmado. Outros 59 já foram descartados.