A presidente Dilma Rousseff reconheceu mais uma vez que o Brasil passa por uma crise econômica e sugeriu que os problemas fiscais do governo são consequência da crise financeira internacional iniciada em 2008. “Lutamos nos últimos seis anos para que a crise internacional não tivesse o impacto terrível que teve nos países desenvolvidos. Usamos todos os nossos instrumentos possíveis, mas nesse processo atingimos o nosso limite orçamentário”, disse.
Em referência ao ajuste fiscal, Dilma disse que o governo precisou fazer “movimentos para reequilibrar os gastos públicos, gerar emprego e trazer mais oportunidades para os brasileiros”. Segundo a presidente, o Brasil passa por uma transição para um novo ciclo de desenvolvimento e que o governo trabalha para superar a crise.
Dilma afirmou também que, embora o governo tenha realizado “fortes reduções” de despesas, os programas sociais estão sendo preservados. “Vamos preservar para continuar gerando oportunidades iguais para todos, contemplando aqueles que mais precisam”, disse.
O discurso de Dilma foi feito em evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo, para uma plateia de 2,5 mil pessoas. Estão presentes o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, o ex-presidente uruguaio José Mujica, e várias lideranças sindicais e de movimentos sociais.