A Raia Drogasil assinou nesta quinta-feira, 30, contrato para a aquisição do controle da 4-Bio Medicamentos por um valor total de R$ 24 milhões. Conforme o fato relevante, a aquisição do controle da 4-Bio marcará a entrada da Raia Drogasil no mercado varejista de Medicamentos de Especialidades, “o segmento farmacêutico que apresenta maior taxa de crescimento no Brasil e no mundo, e no qual a Raia Drogasil ainda não atuava”.
A participação da Raia Drogasil no capital social da 4-Bio será de 55% no capital social. O valor da aquisição será pago da seguinte forma: aumento de capital no valor total de R$ 13 milhões, mediante a emissão de ações ordinárias da 4-Bio, o qual será totalmente subscrito e integralizado pela Raia Drogasil; e aquisição de ações detidas pelo acionista fundador da 4-Bio, pelo valor total de R$ 11 milhões o qual será pago 50% em moeda corrente nacional e 50% mediante a entrega de ações de emissão da Raia Drogasil atualmente mantidas em tesouraria.
A entrega das ações de emissão da Raia Drogasil está sujeita à autorização prévia da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para negociação privada de tais ações.
Ainda segundo o fato relevante, a 4-Bio seguirá sob a liderança de André Kina, seu atual CEO e acionista fundador. Economista formado pela Unicamp com MBA em Administração de Empresas pela USP, André trabalhou por 6 anos como executivo financeiro da Procter & Gamble antes de fundar a 4-Bio.
Também conforme o comunicado, fundada em 2004, 4-Bio é a segunda maior varejista de medicamentos de especialidades do Brasil segundo o IMS Health, sendo líder de mercado em Reprodução Assistida, Oncologia, Imunobiológicos e Ginecologia. A empresa faturou R$ 126 milhões em 2014 e R$ 80 milhões no primeiro semestre de 2015, crescimento de 40% sobre o mesmo período do ano anterior. A 4-Bio projeta um Ebitda de R$ 5,5 milhões em 2015 e, em 31 de março deste ano, a dívida líquida totalizava R$ 13,3 milhões.
A Raia Drogasil terá uma opção de compra e André uma opção de venda das ações remanescentes da 4-Bio, que poderão ser exercidas a partir de 1º de janeiro de 2021.
O fechamento e a implementação da transação está sujeita, entre outros fatores, à aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).