O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, afirmou nesta quinta-feira que a taxa de inflação anual do país deve atingir a meta de 2,0% em março do ano que vem ou, no mais tardar, no começo da segunda metade do ano fiscal de 2016.
O ano fiscal japonês começa em abril do ano de referência e vai até março do ano seguinte. Portanto, quando Kuroda fala em segunda metade do ano fiscal de 2016, está se referindo ao período entre os meses de outubro de 2016 e março de 2017. O começo da segunda metade, no caso, cairia no outono do hemisfério Norte, equivalente à primavera no hemisfério Sul.
Em fevereiro, os preços ao consumidor ficaram estáveis na comparação anual, em cálculo que desconta o efeito do aumento de impostos em abril (medida que retira do indicador os itens que apresentam maior volatilidade).
Em abril de 2013, o banco central anunciou medidas agressivas de flexibilização monetária, com o objetivo de alcançar a meta “em cerca de dois anos”, conforme dito à época. Agora, Kuroda acredita que este prazo deverá ser “perdido” por aproximadamente um ano e maio.
Anteriormente, o presidente do BoJ preferia dizer que a meta de 2,0% seria alcançada em algum momento do ano fiscal de 2015. O mercado entende, no entanto, que a linguagem do banco central é, de certa forma, “frouxa” e que, na verdade, “cerca de dois anos” significa pelo menos três anos. Fonte: Dow Jones Newswires.