A dívida líquida da Fibria somou R$ 8,991 bilhões no primeiro trimestre de 2015, alta de 29% na comparação com igual intervalo de 2014 e de 19% ante o quarto trimestre. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida e Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em 2,9 vezes, ante 2,4 vezes em março de 2014 e 2,7 vezes em dezembro.
Já a dívida líquida em dólar somou US$ 2,803 bilhões, uma queda de 9% ante o primeiro trimestre de 2014 e de 1% contra o quarto trimestre. A alavancagem em dólar ficou em 2,3 vezes, ante 2,4 vezes no primeiro e quarto trimestre do ano passado.
O saldo da dívida bruta no final do mês de março foi de R$ 9,352 bilhões, 12% superior ao quarto trimestre e 11% acima do primeiro trimestre de 2014. No release de resultados, a companhia justifica o aumento, principalmente, pela maior variação cambial negativa sobre a dívida em moeda estrangeira.
“A companhia continuará buscando oportunidades de redução do custo da dívida e alongamento de prazos”, ponderou a Fibria, no documento, que revela ainda que o prazo médio da dívida total foi de 54 meses em março, ante 47 meses em março de 2014 e de 55 meses em dezembro.
No primeiro trimestre do ano a empresa registrou prejuízo de R$ 566 milhões, resultado 32% menor do que o esperado por analistas consultados pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. A média das projeções do JPMorgan, Citi, Credit Suisse, BTG Pactual, Itaú BBA e BESI apontava para um prejuízo de aproximadamente R$ 829 milhões.
Já o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), de R$ 1,007 bilhão, ficou 7,2% acima da média das estimativas, que apontavam para R$ 939 milhões. Para a receita líquida, a média das estimativas indicava R$ 1,975 bilhão, valor em linha com o divulgado pela empresa, de R$ 1,997 bilhão. O Broadcastconsidera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.