A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) negou o pedido da Santo Antônio Energia para perdoar o atraso nas obras da usina. A empresa alegava que greves e episódios de vandalismo atrasaram a entrega do empreendimento em 63,61 dias. A Aneel, porém, não reconheceu nenhum deles.
Leiloada em 2007, a usina de Santo Antônio deveria ter iniciado a produção de energia em dezembro de 2012, mas a empresa pediu para antecipar a entrega da obra para dezembro de 2011. Quando obteve a autorização, a Santo Antônio Energia vendeu o volume excedente para o mercado livre.
Apesar da solicitação e da venda da energia, a usina só conseguiu começar a produzir energia em março de 2012. Por isso, pediu que a Aneel reconhecesse que as greves atrasaram a conclusão da usina, para não ter que arcar com o custo da compra da energia que deixou de produzir nesses período.
O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, explicou que as greves, de fato, atrapalharam as obras da usina. Para a área técnica, foram 37 dias perdidos. Porém, a Aneel entendeu que houve prejuízo apenas para a energia comercializada no mercado livre, uma vez que os contratos de energia firmados com as distribuidoras tinham início apenas em dezembro de 2012.
Por essa razão, a Aneel concluiu que o problema não poderia ser repassado às distribuidoras, que atendem o consumidor final. Assim, a usina terá que arcar com os custos da compra da energia que deixou de entregar aos clientes do mercado livre.