O dólar interrompeu uma série de cinco sessões seguidas de queda e fechou em alta nesta terça-feira, 28, ajudado por um movimento de realização de lucros após a moeda atingir a cotação de R$ 2,88 pela manhã. No fim do dia, o dólar subiu 0,72%, a R$ 2,9400. Na mínima, a moeda foi negociada a R$ 2,8850. O volume de negócios totalizava US$ 1,510 bilhão, perto das 16h30. No mercado futuro, o dólar para maio avançava 0,72%, aos R$ 2,9430.
O dólar operou em baixa durante a maior parte do dia, alinhado ao recuo da moeda no exterior, mas se firmou em alta nas últimas horas da sessão, à medida que os investidores se posicionavam de uma maneira mais cautelosa antes da agenda pesada de eventos e indicadores da quarta-feira, 29. A cotação mais baixa do dólar também atraiu compras no mercado, o que ajudou a impulsionar a moeda para o território positivo.
Está prevista na agenda doméstica, nesta quarta-feira, a divulgação do resultado primário do governo central de março, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) de abril, além da decisão do Copom. Nos EUA, serão anunciadas a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre e a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA)).
Em relação aos eventos americanos, os analistas esperam que os dados do PIB apontem desaceleração da economia no primeiro trimestre. A expectativa é que a economia registre crescimento ao redor de 1%, abaixo do nível de 2,2% do trimestre final de 2014. Em relação à reunião do Fed, os especialistas não preveem novidades em termos de mudança na política monetária. A atenção dos investidores estará concentrada nas alterações de palavras e expressões no comunicado que ainda possam manter – ou não – sobre a mesa as apostas em um aumento de juros na reunião de junho do comitê (Fomc).
No Brasil, as apostas para a alta da Selic amanhã pelo Copom estão consolidadas em 0,50 ponto porcentual. Para o resultado primário do governo central, a pesquisa feita com 18 instituições consultadas pelo AE Projeções mostra que as estimativas vão de um déficit de R$ 8,100 bilhões a superávit de R$ 7,300 bilhões, com mediana positiva de R$ 3,500 bilhões. Em fevereiro, houve déficit primário de R$ 7,357 bilhões.