O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, acenou com mais medidas de aumento de receitas para garantir o cumprimento da meta fiscal deste ano. Além do maior controle das despesas, o secretário disse que há “sempre” a possibilidade de criar novas medidas do lado das receitas. Ele, no entanto, não sinalizou quais seriam essas medidas. Segundo ele, é com essa estratégia que o governo acredita ser possível cumprir a meta de superávit primário de 1,2% do PIB.
“Acreditamos que é possível. É o início do ajuste fiscal”, disse ele. Nessa estratégia, o secretário disse que o governo está preocupado com a criação de novas despesas, a revisão de determinados contratos e as despesas contratadas do ano passado que não foram pagas. “Revertê-las (as despesas não pagas) não é tão simples. Mas acreditamos, sim, que é possível. Temos três meses de resultado, é só o começo do ajuste fiscal”, disse ele, ressaltando a importância do ajuste para a agenda de crescimento econômico para o País.
Ele disse que pode haver mais contribuição do lado das despesas e também do lado das receitas para o ajuste fiscal.
Concessões
Sem ser questionado pelos jornalistas, o secretário fez questão de marcar posição em relação às concessões. Segundo ele, o governo pensa as concessões com uma visão de longo de prazo e não leva em consideração apenas as receitas para a União que podem ser obtidas com elas.
“É uma questão pensando no longo prazo, pensando no crescimento. Não estamos preocupados com o aumentos das concessões em si, em receita para a União. A questão aqui é muito mais melhoria da eficiência de logística e de produtividade”, afirmou. Há duas semanas o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, antecipou que o governo vai alterar o modelo de concessões de ferrovias para garantir mais caixa em 2015.