Servidores do Estado fazem novo protesto nesta terça-feira, 29, contra o pacote de medidas anticrise enviado pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) em frente à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Nesta data, serão debatidos projetos que tratam da utilização de recursos de fundos de órgãos autônomos do governo e outro que limita a despesa com pessoal. Também será discutido o decreto de Pezão que extingue o programa Aluguel Social.
Os servidores exigem a retirada de todo o pacote das discussões da Alerj. Para o dia 7 de dezembro já está convocada uma greve geral em repúdio às medidas. Para esta tarde está programada uma reunião entre o presidente da Casa, Jorge Picciani (PMDB) e representantes das categorias dos servidores.
O diretor do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal (SindSistema), Marcos Ferreira, disse que Picciani está tentando limitar o número de representantes no encontro, e que os servidores só aceitam serem recebidos se todos participarem. Participam do ato funcionários das áreas de segurança, educação, meio ambiente, entre outras.
“O governo está cada vez mais enfraquecido, e nosso movimento mais forte. O pagamento do 13º salário depende da nossa mobilização. O governo federal está de olho em nosso movimento. Se nós perdermos aqui, os servidores de outros estados também perdem”, disse Ferreira, referindo-se à indefinição já anunciada por Pezão sobre o 13º salário de todo funcionalismo. Os salários de outubro foram parcelados e não há garantias de que os vencimentos de 2017 serão honrados normalmente.
O ato desta terça é bem menor do que os realizados nos últimos dias de debate na Alerj. A escadaria no Palácio Tiradentes está isolada por grades e o contingente de policias e integrantes da Força Nacional de Segurança na escadaria diante da porta principal também foi reduzido em relação às manifestações passadas. A Polícia Militar não informou o número de participantes.