Juízes, promotores e procuradores confirmaram presença no protesto marcado para domingo, 4, na Avenida Paulista, região central de São Paulo. Eles vão participar do ato que terá entre suas pautas o repúdio à aprovação pela Câmara dos Deputados do pacote das medidas anticorrupção e à possibilidade de enquadrar servidores do Judiciário no crime de responsabilidade.
O ato convocado por organizadores das manifestações pró-impeachment de Dilma Rousseff terá também a participação de grupo favorável à intervenção militar, que em novembro invadiu o plenário da Câmara.
Para o protesto deste domingo, os movimentos não conseguiram chegar a uma pauta comum, mas todos defenderão a não interferência ao trabalho da Operação Lava Jato e farão críticas aos parlamentares. Com a aprovação da possibilidade de criminalizar a ação de promotores e juízes, o tema também entrou na pauta e ganhou a adesão dos servidores.
“Estaremos lá no domingo”, disse o procurador de Justiça Mario Sérgio Christino, primeiro- vice-presidente da Associação Paulista do Ministério Público, logo após participar de um ato no Fórum João Mendes.
Segundo Christino, a manifestação visa a “conscientizar a sociedade da gravidade das propostas aprovadas que afetam diretamente o trabalho do MP e da magistratura”.
Blocos
Em reunião com a Polícia Militar, os organizadores do ato definiram que a Avenida Paulista será dividida em cinco blocos, com sete caminhões de som. Os “intervencionistas” ficarão na esquina da Avenida Paulista com a Rua Pamplona. Nos eventos contra o impeachment de Dilma, o local era reservado ao Vem Pra Rua, o maior grupo antipetista. O MBL vai ficar na esquina da Alameda Campinas e o VPR foi deslocado para a Rua Casa Branca. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.