Após investigação em parceria com o Ministério Público, a Polícia Civil do Rio prendeu nesta quarta-feira, 4, três acusados de participar do homicídio de José Roberto Ornelas Lemos, diretor e filho do dono do jornal “Hora H”, de Nova Iguaçu (Baixada Fluminense) e conhecido como Beto do Hora H. O crime ocorreu em 11 de junho de 2013, dentro de uma padaria no bairro do Corumbá, em Nova Iguaçu. A vítima tinha 47 anos e foi morta com mais de 40 tiros, 16 deles à queima-roupa.
São acusados pelo crime Vanderson da Silva, de 27 anos, Braulino Brejeiro Fernandes, de 30 anos, e Celso Henrique Batista Ribeiro, de 40. Segundo a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, eles integram uma milícia chefiada pelo policial militar Leonardo de Souza Moreira, de 31 anos, que atuava no 20º Batalhão (Mesquita) e também foi preso. Para a Polícia Civil, Beto foi morto porque, nascido e criado no bairro, impedia o grupo de milicianos de se instalar naquela região.
Ribeiro teria marcado um encontro com a vítima, para atraí-la até a padaria, situada na Avenida Eduardo Pacheco Vilena. O acusado não apareceu, mas Silva e Fernandes foram até o estabelecimento comercial e mataram Beto. Os policiais acreditam que há outros envolvidos no crime, ainda não identificados.
Após a morte de Beto, esse grupo de milicianos dominou os bairros de Corumbá, Adrianópolis, Santa Rita e Vila de Cava, todos em Nova Iguaçu. Segundo a investigação, os criminosos praticam homicídios, extorsões e ameaças, além de cobrar por um serviço pirata de TV a cabo.
Na mesma operação foram presos Hugo Moreira, de 62 anos, e Rogério Pereira de Souza, de 42, também acusados de integrar a milícia chefiada pelo PM. Eles são acusados de matar Elias de Souza Félix, de 48 anos, em agosto de 2014. Outro acusado por esse crime está foragido.