A prefeita afastada de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (PSD) “tem certeza” de que não é culpada pelas acusações que a levaram à prisão, na manhã desta sexta-feira, 2, na Operação Mamãe Noel, da Polícia Federal (PF) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco), disse nesta tarde sua advogada Maria Cláudia de Seixas. “Ela tem certeza da não culpabilidade nessa situação e tem como provar isso”, afirmou. Após a prisão preventiva e o afastamento do cargo, determinada pela 6ª Câmara do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a prefeita foi levada à Superintendência da Polícia Federal na capital paulista.
Segundo a advogada, que acompanhou o momento da detenção de Dárcy em sua residência, a prefeita afastada “está segura e pediu a familiares que ficassem calmos com o que acontecia”, disse. “Ela (Dárcy) teve todos os direitos preservados pela Polícia Federal e Ministério Público”, salientou Maria Cláudia.
A advogada refutou a intenção da prefeita de fazer uma delação premiada à Justiça, na Operação Sevandija, cujo desdobramento terminou na ação de hoje. “A colaboração (delação) é procedimento natural da Justiça e não interessa à Dárcy Vera”. Ainda segundo Maria Cláudia, a prefeita deve seguir presa até que outra decisão judicial mude a atual, mas ainda não há qualquer resolução por parte da defesa da prefeita sobre o que será feito.
“Como o processo está em sigilo e ainda no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, não conheço reais motivos da prisão e não há decisão sobre o que será feito. Isso deve ocorrer até segunda-feira”, disse. “Em depoimentos já feitos, ela não se furtou a responder nada”, concluiu.