Os juros futuros tiveram reação limitada ao resultado do PIB do 2º trimestre, com queda das taxas mais curtas. Mas prevalece a apreensão com a crise política e com o debate sobre o retorno da CPMF, o que traz viés de alta em toda a curva. Às 9h33 desta sexta-feira, 28, o DI para janeiro de 2017, o mais negociado, estava em 13,91%, ante 13,87% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 estava em 13,82%, na máxima, ante 13,72% no ajuste de ontem.
O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou com uma fonte ligada ao governo que a presidente Dilma Rousseff considerou “ruim” e está “muito resistente” ao retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
Ela definirá até o final de semana se enviará ou não a proposta ao Congresso Nacional, juntamente com a do Orçamento de 2016. O prazo para o governo enviar o Orçamento e a possível proposta da CPMF termina na segunda-feira.
A economia brasileira teve contração de 1,9% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre deste ano, o maior recuo desde o último trimestre de 2008 (-3,9%), segundo o IBGE.
Na comparação com o segundo trimestre de 2014, o PIB recuou 2,6% no segundo trimestre deste ano. A queda de 1,9% no PIB se iguala ao desempenho do 1º trimestre de 2009 (-1,9%), no confronto na margem, e é o maior recuo desde o último trimestre de 2008, quando caiu 3,9%.