Servidores que protestam desde cedo em frente à Associação Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) entraram em confronto com os policiais militares responsáveis pela proteção do Palácio Tiradentes, sede da assembleia. Do alto do carro de som, manifestantes disseram palavras de ordem de ocupação da Casa e a PM reagiu com bombas de efeito moral e gás de pimenta.
Os servidores tentam derrubar as grades instaladas em volta do prédio. A intenção é pressionar o presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani (PMDB), a permitir a presença de representantes de categorias do funcionalismo no plenário, para que assistam à votação de medidas anticrise propostas pelo governo do Estado.
As galerias comportam cerca de 280 pessoas, mas não há confirmação de que a entrada será permitida. A votação deve começar entre 14 horas e 15 horas desta terça-feira, 6.
Os primeiros manifestantes chegaram ainda pela manhã e permaneceram, nas primeiras horas, nos fundos do Palácio, abordando parlamentares. Eles pedem a rejeição integral do pacote de medidas apresentado pelo governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Na pauta de votação desta terça-feira, 6, estão duas às quais não se opõem propriamente – a redução dos salários do governador, do vice-governador e dos secretários estaduais; e a extinção da frota de veículos oficiais. Mas os servidores acreditam que o cronograma de votações foi organizado para dar a impressão ao público de que o governo está cortando “na própria carne”, o que abriria brecha ao sacrifício do funcionalismo.