Economia

Taxas futuras de juros abrem em alta com previsão de déficit fiscal em 2016

Os juros futuros abriram esta semana de Copom em forte alta, reagindo à proposta de orçamento de 2016 com déficit. Divergências entre os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, quanto ao ritmo de corte de gastos pelo governo também contribuem para o avanço.

Além disso, pesam ruídos sobre o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Às 9h40 desta segunda-feira, 31, o DI para janeiro de 2017 indicava 14,26%, ante 13,95% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2021, 14,19%, de 13,71%.

A proposta do orçamento do ano que vem deve conter um déficit primário da ordem de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) – próximo de R$ 30 bilhões. Com a decisão, tomada após o governo abandonar a ideia de recriar a CPMF, a meta de superávit primário de 2016, de 0,7% do PIB, será reduzida novamente.

Conforme publicou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, manifestou preocupação com a exposição do rombo, por considerar que ele pode levar o Brasil a perder o grau de investimento.

No noticiário da última hora, o Boletim Focus mostrou pequenas mudanças nas estimativas dos analistas para a inflação pelo IPCA. Em 2015, a mediana das projeções passou de 9,29% para 9,28%, enquanto para 2016, de 5,50% para 5,51%.

As retrações do PIB esperadas são maiores tanto neste quanto no próximo ano. Em 2015, o mercado vê uma queda de 2,26% na atividade, ante 2,06% na semana passada; e em 2016, -0,40%, ante -0,24%.

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