Mais da metade dos 32 subprefeitos escolhidos pelo prefeito eleito João Doria (PSDB) para sua gestão é filiada a partidos políticos. Cruzamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo entre os nomes anunciados pelo vice Bruno Covas (PSDB) e a relação de filiação partidária no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) constatou que 17 indicados para as futuras Prefeituras Regionais são tucanos.
Na lista de filiados do PSDB que ocuparão o cargo, com salário de R$ 19.334,62 por mês, estão Luiz Carlos Frigerio (Aricanduva), Paulo Vitor Sapienza (Butantã), Heitor Sertão (Campo Limpo), Paulo Criscuolo (Mooca), Elard Biskamp (Parelheiros), Paulo Mathias (Pinheiros) e Eduardo Odloak (Sé).
Na relação ainda aparecem dois filiados a siglas da coligação que elegeu Doria: Amândio Martins (Ipiranga), do DEM, e Carlos Fernandes (Lapa), do PPS. Bruno Covas, que será o secretário das Prefeituras Regionais (atuais subprefeituras), afirma que os critérios para a escolha foram a formação acadêmica, a interlocução com a região e a disposição para executar as tarefas da gestão Doria.
Dos 32 indicados, três são mulheres: Rita de Cássia Corrêa Madureira (MBoi Mirim), ex-funcionária da construtora Camargo Corrêa, a ex-deputada estadual Rosmary Corrêa (Santana), filiada ao PSDB, e Maria de Fátima Fernandes (Jabaquara).
Doria confirmou que a consultoria McKinsey & Company vai ajudar a Prefeitura na elaboração do Plano de Metas, mas negou se tratar de uma terceirização da tarefa. “A McKinsey já ajudou a Prefeitura de São Paulo, isso de terceirização não existe.” A sócia da McKinsey, Patrícia Ellen, vai ser nomeada por Doria como presidente do Conselho de Planejamento e Gestão, função consultiva não remunerada que Doria vai abrir nas 22 secretarias. O prefeito eleito não quis responder se a nomeação de Ellen causa conflito de interesses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.