Economia

Com veto a alíquota menor, demissões no setor devem ultrapassar 100 mil, diz Abit

A decisão da presidente da República, Dilma Rousseff, de excluir o setor têxtil do grupo de segmentos da economia que terá aumento menor de impostos no processo de “reoneração” da folha de pagamento, deve afetar 28 mil confecções no País e fazer as demissões no segmento ultrapassar as 100 mil vagas em 2015, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit).

Em decisão publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 31, a presidente vetou uma alíquota diferenciada, de 1,5%, para o recolhimento de impostos sobre a folha de pagamento do setor têxtil. Dessa forma, a alíquota que incidirá sobre as empresas do segmento passa de 1,0% para 2,5%.

A Abit projetava que, se fossem incluídos entre os segmentos com alíquotas menores, as confecções e empresas têxteis do País encerrariam o ano com fechamento de 100 mil postos de trabalho. Agora, com uma carga tributária maior, a instituição ainda não sabe estimar em quanto este número deve crescer.

A entidade destaca que, pelos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor já fechou 24 mil postos de trabalho nos sete primeiros meses do ano. No acumulado dos 12 meses até julho, as demissões superam as contratações em 61 mil, diz a Abit.

No primeiro semestre de 2015, o setor têxtil registrou quedas de 8,9% na produção de tecidos e de 10,2% na de roupas e um recuo de 5% no volume de vendas, com retração de 1,8% na receita nominal, todos na comparação com igual período de 2014, informa a Abit.

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