A inflação atacadista perdeu força em agosto graças ao comportamento dos alimentos in natura, cujos preços cederam em relação a julho. Apesar disso, o alívio sobre o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) só não foi maior porque os bens intermediários, com destaque para os suprimentos, ganharam força. Matérias-primas como leite in natura e café também pressionaram o resultado.
O IPA subiu 0,44% em agosto, contra alta de 0,61% em julho, no âmbito do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). O resultado foi divulgado na manhã desta sexta-feira, 4, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Os bens finais ficaram 0,49% mais baratos em agosto, principalmente por conta da queda de 7,06% nos preços dos alimentos in natura. Só a batata-inglesa cedeu 22,98%, enquanto o tomate caiu 17,01% no período, segundo a FGV.
Entre os bens intermediários, a alta de 0,77% em agosto superou o resultado de julho (0,60%). O principal responsável por este avanço foi o subgrupo suprimentos, cuja taxa de variação passou de 1,35% para 2,25% no período.
No estágio das matérias-primas brutas, o avanço de 1,07% em julho acelerou para 1,19% em agosto, apontou a FGV. Entre as acelerações estão café em grão (-1,10% para 7,54%), leite in natura (1,08% para 1,96%) e arroz em casca (-0,93% para 3,16%). No sentido contrário, perderam força minério de ferro (-0,44% para -2,45%), milho em grão (5,12% para 1,89%) e soja em grão (6,51% para 5,17%).