As bolsas europeias encerraram a sessão desta sexta-feira, 4, em forte queda e acumularam mais uma semana de perdas, depois que dados decepcionantes da indústria da Alemanha incentivaram as vendas de ações. A melhora no mercado de trabalho nos Estados Unidos alimentou as apostas de alta nos juros do país em setembro, o que ajudou a pressionar os mercados acionários nos dois lados do Atlântico.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 2,52%, aos 353,11 pontos, acumulando 2,8% de perda na semana. Em Frankfurt, o índice DAX recuou 2,71%, para 10.038,04 pontos; em Paris o CAC-40 teve retração de 2,81%, para 4.523,08 pontos; e em Londres, o FTSE-100 cedeu 2,44%, para 6.042,92 pontos. A maior perda foi vista em Milão, onde o FTSE-MIB caiu 3,18%, para 21.472,68 pontos. Na bolsa de Madri, o Ibex-35 recuou 2,20%, a 9.821,80 pontos, e, em Lisboa, o PSI-20 baixou 2,10%, para 5.057,37 pontos.
Na semana, Londres perdeu 3,28%, Paris recuou 3,25% e Frankfurt cedeu 2,53%, acompanhados por Madri (-5,13%), Lisboa (-4,33%) e Milão (-2,37%).
Pela manhã, o ministério da economia da Alemanha informou que as encomendas à indústria do país caíram 1,4% entre junho e julho, frustrando a expectativa de analistas, que previam recuo bem mais modesto, de 0,6%.
A fragilidade de um dos mais importantes setores da principal economia da Europa azedou o humor dos investidores, que já vinham preocupados com os reflexos da desaceleração da economia chinesa.
A onda vendedora foi impulsionada pela renovada expectativa de elevação nos juros básicos nos Estados Unidos, depois que números positivos do mercado de trabalho em agosto reforçaram a percepção de que a economia do país está se fortalecendo.
Entre as ações de destaque neste pregão estão as do setor bancário. Os papéis do Société Générale baixaram 3,81%, as do BNP Paribas caíram 2,90% e as do UniCredit cederam 4,93%. As empresas de energia também tiveram perdas acentuadas. Os papéis da E.On recuaram 5,26% e os da RWE perderam 5,27%.