O dólar desvalorizado nos primeiros negócios abre espaço para a continuidade da devolução de prêmios no mercado de juros futuros. As incertezas com o cenário doméstico, contudo, limitam os ajustes, de acordo com operadores. Um deles destacou as divergências no governo em torno do ajuste fiscal. Mas acrescentou que o dólar acumulou “gordura” recentemente e a correção ainda pode ser maior, influenciando os DIs.
Às 9h23, o DI para janeiro de 2017 indicava 14,82%, ante 14,86% no ajuste de ontem. O para janeiro de 2021, 14,75%, de 14,80%.
O governo discute alternativas contra o rombo previsto na proposta orçamentária de 2016 e não descarta aumentar o Imposto de Renda (IR) sobre a pessoa física, conforme indicou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Mas há muitas divergências. O vice-presidente Michel Temer e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recusam uma ampliação de tributos.
Temer disse que o equilíbrio orçamentário para evitar o déficit estimado em R$ 30,5 bilhões em 2016 passa, primeiramente, pelo corte de despesas.
Agora, o mercado vai monitorar atentamente eventuais declarações sobre o assunto de Levy, em evento em São Paulo. Ele faz a palestra “Uma agenda para o crescimento” às 12h30. A cotação do dólar, que na terça-feira, 8, cedeu ajudada por intervenção do Banco Central – também não sai do radar.
Mais cedo, a inflação pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 0,56% na primeira prévia de setembro. O resultado representa uma aceleração ante a taxa de igual leitura de agosto (0,10%). Já o IPC-S da primeira quadrissemana de setembro caiu em 2 das 7 capitais analisadas.