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Funcionários do Detran entram em greve em todo o Estado de SP

Funcionários do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran/SP) entraram em greve, nesta segunda-feira, 20, em todo o Estado. Os servidores reivindicam aumento salarial. Para não paralisar serviços essenciais, como liberação de veículos, emissão de Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e exames teóricos e práticos para motoristas, os sindicatos que representam a categoria são obrigados a manter atuando 30% dos servidores. Pode haver atraso nesses serviços.

Em Sorocaba, quem foi à sede do Detran de manhã encontrou funcionários do lado de fora e faixas informando sobre a greve, mas o atendimento era mantido. No início da tarde, já havia fila na unidade. Em Santos, o Detran que funciona na unidade do Poupatempo também estava atendendo, mas com poucos funcionários.

O Sindicato da Carreira Administrativa do Estado de São Paulo informou que os efeitos da greve devem ser mais sentidos nos próximos dias, com maior demora na entrega de documentos e atraso nos exames de habilitação. Já a Associação dos Empregados Públicos do Detran prevê redução de 70% nas emissões de CNH e de outros serviços. “Se há uma média de 1.000 emissões de CNH por mês, serão mantidos, diante da greve, 30% da média diária”, avaliou.

O Detran paulista tem 336 sedes e 309 seções de trânsito no Estado, além de postos de atendimento nas unidades do Poupatempo. Segundo o sindicato, a paralisação já atinge todas as unidades, em maior ou menor proporção. Os funcionários reivindicam reposição salarial de 26%, criação de plano de cargos e carreiras e aumento no bônus por resultado.

O órgão informou que a greve foi iniciada, apesar das negociações estarem em curso, mas as unidades continuam operando normalmente. “A lei de greve prevê a continuidade da prestação do serviço público, portanto os servidores devem manter parte do efetivo em exercício em todos os setores. Entretanto, os prazos para emissão de documentos podem ser ampliados por causa da paralisação.”

O Detran informou que mantém amplo diálogo com a categoria e já aumentou o valor do vale-refeição. “Ressaltamos que, em um momento delicado do País, com a crise econômica e queda de arrecadação, qualquer reajuste salarial deve ser amplamente debatido e analisado para não comprometer o orçamento fiscal vigente”, diz a nota.

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