O presidente da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), Mauro Arce, negou ter feito tráfico de influência para favorecer empresas de sua família em leilões de energia da estatal. E disse ter certeza de que o inquérito será arquivado pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Ele afirmou que não pode impedir a participação de nenhuma empresa registrada na Câmara Comercializadora de Energia Elétrica (CCEE) nos leilões da Cesp. “Eu posso até ser condenado se, de repente, eles (parentes) fazem uma proposta melhor e faço a Cesp comprar mais caro”, disse Arce, que irá processar o autor da denúncia por danos morais.
Sobre o apartamento em Miami, disse ter comprado o imóvel em 2011, “quando o dólar estava a R$ 1,70”, e financiado em 30 anos. “Paguei uma parte, transferindo o recurso do Brasil, devidamente registrado no Banco Central, e financiei o restante até 2041”, disse.
Quanto à empresa da filha acusada de dar calote no mercado, Arce diz que a empresa da qual ela comprou energia “estava registrada (na CCEE), tinha todas as condições de funcionar e na hora de entregar energia não entregou”. Segundo ele, a CCEE puniu “quem foi de alguma forma lesado” e o caso ainda está sub judice”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.