A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 29, a Operação Quijarro para desarticular uma organização criminosa internacional de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro nos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Cerca de 150 policiais cumprem 14 mandados de prisão, sete de condução coercitiva, 17 de busca e apreensão de imóveis e 43 de busca e apreensão de veículos.
O nome da operação se deve à cidade de Puerto Quijarro, na Bolívia, na fronteira com Corumbá, em Mato Grosso do Sul, por onde a droga era introduzida no Brasil.
As ações se concentram, além de Corumbá, em Londrina e Araucária, no Paraná; Martinópolis, Presidente Prudente e a capital paulista, em São Paulo. Até as 9h desta quarta, 11 pessoas tinham sido presas.
As investigações indicaram que um dos grupos responsáveis pelo transporte da cocaína estava instalado no norte do Paraná, possuindo ramificações no Brasil, Bolívia, Colômbia e Espanha. Com apoio da polícia boliviana, a PF conseguiu prender traficantes responsáveis pelo ingresso de duas toneladas de cocaína por mês no Brasil.
Segundo a PF, a droga era escondida no fundo falso de carretas com cargas simuladas, apenas para driblar a fiscalização. Durante o cerco aos traficantes, foram apreendidas três toneladas de cocaína e sequestrados cerca de US$ 10 milhões do núcleo boliviano do esquema. Também foram identificados os pontos nos quais a droga era descarregada no Brasil.
A PF já obteve o sequestro de sete imóveis e o bloqueio de contas dos brasileiros investigados. Os envolvidos responderão por tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, furto, roubo, homicídio e organização criminosa.