Economia

Bolsas de NY fecham em queda pressionadas por perdas de bancos e petróleo

As bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam esta terça-feira, 23, em queda, pressionadas pelo recuo das ações dos bancos e por mais um declínio dos preços do petróleo.

O recuo vem na sequência de mais de uma semana de recuperação dos principais índices das bolsas, que sofreram um tombo em janeiro e no início de fevereiro, em meio a preocupações sobre a situação do petróleo e o ritmo do crescimento econômico global.

Após recuarem mais de 10% até o dia 11 de fevereiro, os principais índices norte-americanos recuperaram ganhos substanciais nas últimas sessões. Hoje, porém, a queda do preço do petróleo e os comentários do J.P. Morgan Chase & Co. sobre o risco de calotes de empréstimos a empresas de energia pesaram sobre as ações mais uma vez.

O Dow Jones encerrou a sessão com queda de 1,14% (188,88 pontos), aos 16.610,39 pontos, enquanto Nasdaq recuou 1,47% (24,23 pontos), para 4.550,05 pontos, e S&P 500 perdeu 1,25% (24,23 pontos), para 1.942,38 pontos.

As ações de bancos pesaram sobre os índices mais amplos. Traders atribuíram a negatividade à apresentação do J.P. Morgan aos seus investidores, quando o banco disse que planeja deter mais dinheiro do que os analistas esperavam no caso de calote da dívida das empresas do setor de energia. O banco viu suas ações recuarem 4,2%.

Na Europa, o índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,2% pressionado também pela queda das ações dos bancos. As ações do Standard Chartered caíram 6,7% após a instituição reportar um grande prejuízo, com o aumento de empréstimos ruins em seus registros.

“O mercado permanece bastante tênue, portanto a habilidade do mercado de lidar com manchetes negativas não está muito alta no momento, disse R.J. Grant, diretor da KBW.

As ações das companhias de energia observaram fortes perdas depois que o ministro do Petróleo da Arábia Saudita disse que não espera cortes de produção. Como resultado, o petróleo para abril fechou com queda de US$ 1,52 (4,55%), a US$ 31,87 por barril na Nymex, enquanto na ICE o Brent para o mesmo mês recuou US$ 1,42 (4,39%), para US$ 33,27 por barril.

O declínio do petróleo arrastou as companhias de produção e exploração de petróleo, e as ações do setor de energia recuaram 3,2% no S&P 500.

Acrescentando pessimismo ao dia, o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) definiu um valor mais baixo para o yuan diante do dólar. Declínios na moeda chinesa provocaram uma turbulência no mercado acionário durante o verão do Hemisfério Norte e no começo deste ano.

No terreno positivo, as ações da Home Depot subiram 1,4% após a rede de lojas de produtos para o lar anunciar que as vendas do quarto trimestre subiram quase 10%. A construtora de casas de luxo Toll Brothers viu seus papeis subiram 3,8%. Fonte: Dow Jones Newswires.

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