Trump: queria usar US$ 300 bi em estímulos sem aval do Congresso, mas não posso

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira, 4, que seu governo tem US$ 300 bilhões em caixa que podem ser usados para mais estímulos fiscais para a economia. Durante entrevista coletiva, Trump disse que desejava usar esse montante sem aval do Congresso, mas que não pode fazer isso.

A Casa Branca tem pressionado para que a oposição democrata aceite suas exigências para liberar mais estímulos, mas o impasse entre as partes tem travado a questão. De qualquer modo, Trump mostrou otimismo com a recuperação econômica, comemorando os números do relatório mensal de empregos (payroll) de agosto, divulgados mais cedo. Trump lembrou que os números do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no terceiro trimestre devem sair pouco antes da eleição presidencial e disse acreditar que eles "serão recordes".

"Tínhamos a melhor economia da história até vir o vírus chinês", afirmou Trump sobre o novo coronavírus, usando expressão considerada xenófoba pela China. O presidente americano mostrou otimismo sobre a pandemia, destacou a queda de casos no país e disse que os EUA estariam "muito perto" de superar esse quadro de emergência de saúde. Ele insistiu, porém, para que as pessoas continuem atentas às medidas para conter a disseminação do vírus, como lavagem de mãos e distanciamento físico. Também voltou a dizer que em breve pode haver novidades importantes na busca por uma vacina.

Questionado sobre o envenenamento do opositor russo Alexei Navalny, Trump afirmou que não sabe o que aconteceu no caso e que os EUA ainda não receberam documentação sobre o tema, mas que irá analisar o assunto assim que a Alemanha enviá-la. O governo alemão diz que Navalny foi envenenado em solo russo – ele acabou transferido para um hospital alemão. "Temos que olhar com muita seriedade isso", comentou o presidente americano. Questionado sobre possíveis sanções a Moscou por isso, Trump não respondeu diretamente, dizendo que poderia haver algum tipo de medida, mas também lembrando que os EUA e a Rússia têm colaborado, sobretudo na busca por um acordo para não proliferação nuclear.

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