Economia

Selic média em 2016 passa de 14,16% para 14,06%, mostra Focus

O Relatório de Mercado Focus mostrou uma clara divisão do mercado financeiro a respeito do nível da taxa básica de juros no fim deste ano. De acordo com o documento divulgado nesta segunda-feira, 18, pelo Banco Central, a mediana das expectativas está em 13,38%, o que significa dúvidas sobre se a Selic estará em 13,50% ou em 13,25% em dezembro. Atualmente, a taxa está em 14,25% ao ano.

No levantamento anterior, a mediana para o período era de 13,75% ao ano e no de quatro semanas atrás, de 14,25% ao ano. Com isso, a previsão para a Selic média de 2016 caiu de 14,16% para 14,06% ao ano – um mês antes estava em 14,25% aa.

Para o encerramento de 2017, as estimativas para a Selic continuaram em 12,25%, como na semana passada. No caso da Selic média do ano que vem, a mediana das expectativas caiu de 12,62% para 12,38% de uma semana para a outra. Um mês atrás, estava em 12,83% ao ano.

Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus (médio prazo), também houve uma queda para a taxa deste ano, de 13,75% para 13,38%, assim como mostrou a pesquisa geral. Um mês atrás, o patamar apontado pelos especialistas era de 14,00% ao ano. Para 2017, a mediana permaneceu em 12,25%, mesma taxa do levantamento anterior – quatro semanas atrás estava em 12,50% aa.

Preços administrados

As projeções do mercado financeiro para os preços administrados não sofreram qualquer alteração no Relatório de Mercado Focus. Vilões da inflação de 2015, ao avançarem 18,07%, a expectativa para 2016 permaneceu em 7,20% de uma semana para a outra, o mesmo patamar de um mês atrás.

No caso de 2017, a mediana das expectativas continuou em 5,70%, onde já se encontrava uma semana antes. No levantamento de um mês atrás, estava em 5,58%. O BC conta com forte desinflação desse segmento este ano para levar o IPCA para o intervalo de 4,5% a 6,5%. A expectativa do BC é a de que, apenas no primeiro semestre deste ano haja uma desinflação de 2 pontos porcentuais da inflação.

Entre outros pontos, a instituição conta com a ajuda dos preços monitorados ou administrados pelo governo. Nos últimos tempos, o dólar mais baixo também tem mostrado que pode colaborar.

No Relatório Trimestral de Inflação de março, o BC previu que os preços administrados devem subir 6,1% este ano ante previsão anterior de 5,9%. Para 2017, a projeção para esse conjunto de itens ficou inalterada em 5,0%.

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