O dólar dá sequência nesta segunda-feira, 7, à trajetória de queda vista na semana passada, quando a moeda acumulou desvalorização de 5,82% ante o real. No entanto, nos primeiros negócios, chegou a oscilar em alta, refletindo influências distintas dos mercados interno e externo. Enquanto o ajuste de baixa está relacionado ao aumento das chances de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, no exterior o viés é de alta em relação ao euro e moedas emergentes e de países exportadores de commodities. De qualquer forma, os investidores estão de olho no Banco Central, que poderia atuar para evitar perdas acentuadas da moeda norte-americana, com eventual redução da oferta de swap nas rolagens desses contratos, por exemplo.
Às 9h31, o dólar à vista no balcão era negociado a R$ 3,7383, em baixa de 0,82%, depois de abrir a R$ 3,7645 (-0,08%) e bater máxima a R$ 3,7755 (+0,21%). Segundo operadores, não estão descartadas novas mudanças de trajetória durante o dia. Na BM&FBovespa, a moeda para abril recuava 0,74%, cotada a R$ 3,7620, no mesmo horário.
No cenário político, ao contrário do que estava previsto, a presidente Dilma Roussef não deve mais se encontrar nesta segunda-feira com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após uma visita de cortesia no último sábado ao ex-presidente, em São Bernardo do Campo, a previsão era que os dois se encontrassem hoje em Brasília.
A expectativa agora é que Dilma e Lula acertem novamente as agendas para um encontro, ainda esta semana. Logo mais, a presidente participa de cerimônia de entrega de 320 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida, em Caxias do Sul (RS).