Economia

Ford piora previsão para PIB do Brasil em 2016 e destaca perda de mercado

A Ford piorou a sua expectativa para a economia do Brasil em 2016. No balanço em que publica seus resultados globais para o primeiro trimestre deste ano e previsões para o ano inteiro, a montadora diz que a recessão brasileira deve ser “prolongada”, com queda entre 3% e 4%. Em fevereiro, quando divulgou seus resultados referentes a 2015, a retração prevista para 2016 era mais suave, de algo entre 2% e 3%. O PIB brasileiro caiu 3,8% em 2015.

Por outro lado, as projeções para outros países onde a Ford mantém operações foram mantidas ou elevadas. No caso dos Estados Unidos, berço da montadora, o crescimento deverá ser de 2,3% a 2,8%, contra uma estimativa anterior de avanço entre 2,1% e 2,6%. As previsões continuam as mesmas para a China, de expansão de 6,5% a 7,0%, e para a Europa, de avanço de 1,2% a 1,7%.

A Ford também destaca que tem perdido participação de mercado no Brasil em 2016. Segundo o balanço, a fatia da montadora caiu para 8,8% neste ano, depois de ter alcançado 10,5% em 2015. Com isso, perdeu posições no ranking das marcas que mais vendem no País. Superada pela sul-coreana Hyundai e a japonesa Toyota, a Ford caiu para o 6º lugar, segundo dados da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

De qualquer forma, a Ford espera que todo o mercado apresente queda nas vendas em 2016. De acordo com o balanço trimestral, a estimativa para este ano é de um volume de vendas de todo o setor entre 2 milhões e 2,5 milhões de unidades, depois de o mercado ter atingido 2,569 milhões de unidades no ano passado. “Brasil e Rússia permanecem sob pressão”, destaca o documento.

O balanço, divulgado na quinta-feira, 28, mostra que ainda que a montadora teve lucro líquido global de US$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre do ano, mais que o dobro do ganho de US$ 1,2 bilhão registrado em igual período de 2015. Na América do Sul, no entanto, os prejuízos da Ford aumentaram, para US$ 256 milhões, ante perda de US$ 189 milhões em igual período do ano passado.

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