Conhecida como a “C” do tradicional grupo de tradings nominado pela sigla “ABCD”, a Cargill planeja avançar também em outros segmentos nos quais atua no Brasil, como o “food service” (fornecimento de matéria-prima para estabelecimentos como lanchonetes e restaurantes) e o varejo alimentar, sobretudo no fornecimento de derivados do tomate.
O grupo, que detém importantes marcas de óleo vegetal, como Liza, Purilev e Mazola, também está presente nas gôndolas de supermercados com uma linha de molhos, como Pomarola e Tarantella; de extrato de tomate, como Elefante; e de polpa, como Pomodoro, além de outros produtos condimentados. “Esse é um segmento que tem crescido consideravelmente com a crise, uma vez que as pessoas estão consumindo menos fora de casa”, afirma Luiz Pretti, presidente do grupo no Brasil.
O grupo entrou no segmento de atomatados em 2010, quando adquiriu, por cerca de R$ 600 milhões, as marcas que pertenciam à gigante anglo-holandesa Unilever.
Pretti diz que a companhia tem planos de expansão para esse setor e não descarta aquisições. No entanto, diz ele, não há negociações neste momento para a compra de ativos.
Ex-dona da Seara, que foi vendida em 2009 para a Marfrig – e posteriormente negociada, em 2013, para o grupo JBS, dona da Friboi, da família Batista -, a Cargill não está presente no segmento de carnes e aves no Brasil e não tem, por ora, interesse de investir novamente neste setor. O grupo americano teve uma atuação nos anos 1980 em carne bovina no País, mas também saiu do negócio.
Usinas
Em açúcar, o grupo mantém-se como sócio da usina SJC, em Goiás, com 50% de participação, e da Cevasa, em São Paulo, com uma fatia de 64%. O setor sucroalcooleiro, que passa por uma longa crise no País, foi a grande aposta de tradings, como a Cargill, Bunge, ADM e LDC, que entraram no segmento entre 2008 e 2009, mas tiveram desempenho decepcionantes.
Em 2014, a Cargill uniu-se à Copersucar para formar a Alvean, uma das maiores comercializadoras globais da commodity – esse, sim, um segmento que a Cargill domina bem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.