Economia

Bolsas da Europa fecham em queda, com euro mais forte, bancos e mineradoras

As praças europeias fecharam em queda nesta terça-feira, 3, pressionadas pela valorização do euro, que chegou a operar acima de US$ 1,16 durante o pregão, e por balanços negativos do setor financeiro, além do desempenho ruim do setor de mineração e das montadoras. A aversão ao risco levou o índice pan-europeu Stoxx 600 encerrar em queda de 1,66%, aos 335,56 pontos. Este é o menor patamar em três semanas.

As perdas foram generalizadas entre os segmentos do índice, mas concentradas principalmente em três setores. Os bancos lideraram após a divulgação de uma série de balanços que vieram abaixo da expectativa: o britânico HSBC (-1,65%) anunciou uma receita 5,8% menor nos três primeiros meses do ano, enquanto o lucro líquido do alemão Commerzbank (-9,55%) caiu 52% na mesma base de comparação e o do suíço UBS (-7,50%) recuou 30,68%.

As mineradoras também foram destaque de queda, reagindo à queda de indicadores industriais na China. Na bolsa de Londres, que não operou na segunda-feira, as ações da Anglo American caíram 12,80%, enquanto Rio Tinto cederam 6,35% e BHP Billiton recuaram 6,19%. Frente ao desempenho deste setor e dos bancos, o índice FTSE-100 de Londres fechou em queda de 0,90%, aos 6.185,59 pontos.

Os mercados ainda foram pressionados pela atualização das projeções econômicas pela União Europeia. O bloco agora estima que a zona do euro em 2016 vá crescer 1,6%, ante 1,7% na última previsão. Já o crescimento de 2017 caiu de 1,9% para 1,8% e a perspectiva para a inflação na zona do euro diminuiu de 0,5% para 0,2% neste ano.

Em Paris, o índice CAC-40 recuou 1,59%, aos 4.371,98 pontos. As ações do BNP Paribas tiveram perda de 1,01%, em linha com o desempenho do setor, mesmo com o anúncio de um aumento no lucro líquido no trimestre. Já na Alemanha, o índice DAX da bolsa de Frankfurt cedeu 1,94%, aos 9.926,77 pontos, pressionado também pelo desempenho da BMW (-3,81%), cujo balanço trimestral mostrou queda no lucros.

Em Milão, o índice FTSE-Mib despencou 2,46%, aos 17.966,81 pontos, com as perdas lideradas pelos bancos após o conselheiro do Banco Central Europeu (BCE), Ignazio Angeloni, afirmar que serão necessários grandes esforços e um tempo considerável para que os empréstimos inadimplentes das instituições italianas voltem a um nível sustentável. A Banca Monte dei Paschi di Siena terminou com queda de 7,57%, enquanto Banco Popolare cedeu 7,17%.

Em Madri, o Ibex-35 recuou 2,85%, aos 8.764,90 pontos. Já em Lisboa, o PSI-20 caiu 1,65%, aos 5.002,52 pontos. Com informações da Dow Jones Newsiwires.

Posso ajudar?