O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, afirmou, durante coletiva de imprensa, que a companhia continua acompanhando as cotações internacionais do petróleo e dos combustíveis para definir os seus preços internos. Caso a empresa avalie que não é competitivo manter os preços em patamares superiores aos praticados no mercado internacional, a Petrobras pode reduzir os valores praticados no Brasil.
Bendine afirmou ainda que não há definição sobre o lançamento de um novo plano de demissões voluntárias, mas que o programa continua sendo estudado.
Já a diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes, disse também que a empresa continua negociando reduções de valores de contratos com fornecedores. Com isso, é possível que a empresa consiga reduzir ainda mais os valores mínimos de referência do preço do petróleo, que, atualmente, estariam na casa de US$ 30 e US$ 35 por barril. A empresa usa o brent, negociado em Londres, como referência.
Capacidade de resiliência
Bendine destacou ainda que a estatal mostrou “capacidade de resiliência com avanços significativos no resultado operacional”, em meio a uma disciplina da capital muito forte.
Na visão do executivo, a empresa atendeu expectativas de retomar normalidade no período de quatro a cinco anos.
De acordo com Bendine, os números de 2015 trouxeram satisfação grande uma vez que o que foi planejado pela empresa foi cumprido, destacando que há variáveis não gerenciáveis, como o valor do barril de petróleo tipo Brent e o câmbio.
Comperj
O diretor de Abastecimento da estatal, Jorge Celestino, afirmou que o início da operação do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) foi postergado para 2023, sendo que o previsto no local é um único trem de refino.
O impairment relativo ao Comperj ficou em R$ 5,3 bilhões no ano passado, enquanto, em 2014, foi de R$ 21,8 bilhões.
Bendine destacou ainda que a empresa busca um parceiro para ser sócio no Comperj, sendo que ele não tinha sido encontrado no final de 2015.