Em um dia de negócios reduzidos, a Bovespa terminou a sessão desta terça-feira, 22, em baixa de 0,32%, aos 51.010,19 pontos, puxada pelo desempenho negativo de ações específicas, como as do setor financeiro. O volume de negócios totalizou R$ 6,782 bilhões.
O mercado de ações, a queda da Bovespa foi relacionada essencialmente ao desempenho individual de determinados papéis ou setores. As ações do setor financeiro, como Itaú Unibanco ON (-1,49%), Banco do Brasil ON (-1,45%) e Bradesco PN (-1,04%) passaram por ajustes motivados pela realização de lucros recentes e devido à indicação de venda feita por um banco estrangeiro.
Já as ações da Petrobras terminaram o dia em alta, apesar do prejuízo recorde de R$ 34,836 bilhões em 2015. O resultado foi 61% maior que a perda registrada em 2014, que havia ficado em R$ 21,587 bilhões. As ações abriram em queda, mas inverteram a tendência a partir de análises de que os próximos balanços da estatal podem ter números melhores. No final do dia, Petrobras ON subiu 2,24% e Petrobras PN avançou 0,62%.
O cenário político continuou no radar dos investidores, mas o noticiário não chegou a impactar significativamente os negócios com ações. No início da tarde, a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o seguimento em ação ajuizada pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender parte da decisão do ministro Gilmar Mendes, na sexta-feira passada, que invalidou a posse de Lula como ministro da Casa Civil.
Weber considerou que não cabe habeas corpus questionando a decisão de ministro do Supremo. “Esta Corte já firmou jurisprudência no sentido de não caber habeas corpus contra ato de Ministro Relator”, afirmou no despacho. Pela manhã, a Polícia Federal deflagrou a 26ª fase da Lava Jato, mas nenhum político foi preso ou levado a prestar depoimento.