Economia

Juros fecham em alta com atenções divididas entre Brasil e EUA

O dia foi de volatilidade no mercado de juros nesta quinta-feira, 17, em que as taxas voltaram a fechar em alta após uma breve trégua na véspera. As atenções se dividiram entre os desdobramentos da crise política interna e a reunião do Federal Reserve, o banco central dos EUA, que no meio da tarde decidiu adiar mais uma vez o aumento dos juros na maior economia do mundo.

Pela manhã, quando o conturbado cenário doméstico mais pesou, as taxas subiram acompanhando o dólar, que operava nas máximas do dia. Nesse momento, uma das principais fontes de estresse eram os comentários de que a presidente Dilma Rousseff estaria sendo pressionada pelo ex-presidente Lula a alterar a atual política monetária, por meio de um afrouxamento do ajuste fiscal e redução de taxa de juros. A possibilidade foi desmentida pela assessoria do Instituto Lula, o que reduziu a pressão sobre os mercados.

À tarde, quando as atenções se voltaram mais à decisão de política monetária dos Estados Unidos, as taxas voltaram a perder força. Para isso contribuíram a desaceleração do dólar no mercado internacional e a queda dos juros dos Treasuries, os títulos do Tesouro dos EUA. O Fed manteve a taxa básica de juros no atual patamar, de 0% a 0,25% e não deu sinalização clara sobre quando começará a ajustar a taxa para cima.

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2016 fechou com taxa de 14,365%, contra 14,35% do ajuste de ontem. O vencimento de janeiro de 2017 terminou em 15,10%, ante 15,01% do ajuste anterior. No contrato para janeiro de 2019, a taxa ficou em 15,31%, de 15,11%. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2021 fechou com taxa de 15,20%, frente aos 14,99% anteriores.

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