O contrato de concessão da usina de Itaocara, empreendimento a ser construído pela Cemig e pela Light, deverá ser assinado entre o final desta semana e o início da próxima semana, de acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME). Este era o último projeto leiloado neste ano a ser formalizado em contrato, segundo o coordenador de Outorgas de Produção de Energia Elétrica do MME, Álvaro José Cavalcanti Santana, que participa nesta quarta-feira, 23, do evento Latin American Utility Week.
O projeto, avaliado em R$ 1 bilhão, tendo como base valores de março de 2015, deve entrar em operação no segundo trimestre de 2018. A energia da usina foi contratada em leilão realizado em abril passado e, conforme estabelecido no edital do certame, a oferta de energia é obrigatória a partir de 1º de janeiro de 2020.
De acordo com a Light, empresa que detém 51% de participação no Consórcio Itaocara, a maior parte dos recursos, no total de 40% do montante, virá do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As sócias do consórcio injetarão 30% de recursos próprios e os 30% restantes serão captados via emissão de debêntures. A Cemig, controladora da Light, é sócia do projeto, com participação de 49%.
A usina Itaocara terá capacidade instalada de 150 MW e garantia física de 93,4 MW médios. Quase 96% da garantia foi destinada ao ambiente de contratação regulado (ACR), informou a Light. O preço de venda definido no leilão ficou em R$ 154,99/MWh, praticamente no teto de R$ 155/MWh estabelecido pela Aneel.
