A Bovespa chegou a subir mais de 2% pela manhã desta quarta-feira, 30, influenciada pelo exterior, mas desacelerou à tarde em meio ao noticiário político doméstico e a um movimento de realização dos lucros mais recentes. Assim, encerrou o dia com uma alta de 0,18% e marcou 51.248,92 pontos.
A valorização modesta aconteceu após o índice vacilar à tarde e exibir o sinal negativo, especialmente, por conta do noticiário político. Profissionais de renda variável afirmaram que as notícias da tarde sinalizaram algum sucesso da presidente Dilma Rousseff em estabelecer uma nova base aliada.
Uma delas mostrava a articulação do Planalto para conceder ministérios e cargos comissionados a um bloco de partidos, após o desembarque do PMDB. Outra notícia revelava que seis dos sete ministros do PMDB planejam não sair do governo. Em sua página no Twitter, inclusive, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, confirmou que não deixará o governo nem o PMDB.
Para o analista da Clear Corretora, Raphael Figueredo, o fato de as ações com as maiores valorizações recentemente exibirem os maiores recuos do meio da tarde até o fechamento configura esse desempenho como uma correção nos preços. “Alguns dos papéis que mais andaram são os destaques de queda”, disse Figueredo, apontando a PN de Lojas Americanas, que caiu 2,59% nesta quarta-feira.
Apesar do vaivém ao longo da sessão e da alta modesta no fechamento, o Ibovespa acumula uma alta de 3,21% na semana e de 19,76% no mês. Na máxima do dia, chegou aos 52.262 pontos. Na cotação mínima, caiu 0,50% aos 50.900 pontos.