Mesmo acompanhando de perto o noticiário político, a Bovespa adotou o cenário externo como principal referência nos negócios e fechou em baixa de 0,58%, aos 52.764,46 pontos. Enquanto senadores discursavam na sessão de votação do processo de impeachment no Senado, os investidores do mercado de renda variável observaram de perto as oscilações das commodities e das bolsas de Nova York.
O pregão foi considerado tranquilo, com os investidores convictos do avanço do processo de impeachment no Senado. A queda foi atribuída principalmente às bolsas americanas, que renovaram diversas mínimas ao longo da tarde. Pela manhã, o Ibovespa chegou a subir 1,71%, ainda embalado pela alta de 4,08% da véspera, antes de sucumbir às baixas em Nova York.
Segundo operadores do segmento de renda variável, a notícia de maior destaque foi a decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), de rejeitar a ação do governo que pedia a anulação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Uma vez que a decisão já era esperada, a Bovespa teve uma reação pontual, aumentando por alguns minutos a alta com que operava até então.
Os preços do petróleo se sustentaram em alta durante o dia, embora com alguma volatilidade. Os contratos futuros subiram depois que o Departamento de Energia (DoE) dos EUA informar uma inesperada redução nos estoques da commodity no país. O WTI para junho subiu 3,52% na Nymex. O Brent para julho avançou 4,57% na Ice. As ações da Petrobras fecharam com alta de 0,47% (ON) e de 0,39% (PN) e limitaram a queda do Ibovespa.
Em dia de alta do minério de ferro, as ações da Vale tiveram comportamento misto. Enquanto Vale ON subiu 0,44%, Vale PNA caiu 0,84%. Entre as maiores quedas do Ibovespa ficaram CSN ON (-4,97%) e Pão de Açúcar PN (-4,95%), que divulgou resultado trimestral considerado fraco.